terça-feira, 11 de setembro de 2012

Já postei aqui várias bandas que lançaram e relançaram seus álbuns em vinil. Muitos comemorativos, aĺbuns aniversariantes de 10,20, 30 anos ganham o luxo de serem relançados em vinil de 180gr. Para quem achava que o vinil estava morto, ele está aí, nunca deixou de existir e sempre foi alvo de colecionadores. Muito atribuem um som de melhor qualidade ao vinil, não posso discordar, sou um apreciador dessas bolachas, sendo que minha vida de rockeiro começou por meio delas. Aqui vai minha opinião pessoal, se você faz um download de um mp3, ou adquire um álbum, ou algumas músicas via alguma "store" da vida, em síntese você não tem nada físico, a maior portabilidade é indiscutível, mas perde-se muito. O prazer de colocar a bolacha no prato, aquele ritual de dar aquela olhadinha meio que de buscando ver se não tem nenhum arranhão ou sujeira, é um ritual que agrega um diferencial ao prazer de se escutar um bom trabalho de uma banda, ou sua música preferida. Quem não tem várias histórias par contar sobre algum de seus discos de vinil, seriam tantas que iria perder o foco esta postagem. A ideia mesmo é mostrar um pouco de como é feito o processo de produção delas, estou reunindo material sobre o diferencial que agora é lançar os discos em 180 gramas. Fica pra próxima. Abaixo uma fáfrica nacional, que vendo a retomada fora do Brasil na produção de vinil, reabriu sua fábricam em Belford Roxo e mais dois vídeos que demonstram bem o processo.


Polysom – única fábrica da América Latina – reabriu as portas em Belford Roxo

Processo de fabricação:
Discos de vinil de 12 (LP), 10 (EP) e 7 (single) polegadas, respectivamente.
A sonda Voyager leva consigo um disco de ouro com vários sons característicos do ser humano, sons e canções de todo o tipo de culturas; o formato escolhido foi o disco com sulcos, já que é o formato com o funcionamento mais simples de todos. Na foto vê-se a frente do disco, sendo o lado com a gravação o de trás.
A gravação e produção do disco de vinil segue um processo mecânico complicado, do tipo analógico, que se completa em sete etapas. Apesar da complexidade, a produção de um disco não dura mais de meia hora no total.
Depois de a música ser gravada, misturada e masterizada em estúdio, em fita magnética ou, na actualidade, em algum suporte digital, esta gravação é remasterizada para adaptar ao meio em que vai ser gravada, o que é especialmente importante nos discos de vinil devido à sua resposta na frequência, à interferência entre canais (estéreo, por exemplo) provocado pelo processo mecânico de corte e posteriormente pela leitura por agulha, e pela dependência do tempo total disponível no disco relativamente ao volume da gravação, sendo este um processo decisivo no resultado final.
O processo de remasterização pode implicar (dependendo da técnica e equipamento usado) a eliminação de certas frequências, um trabalho aturado sobre a diferença de fase de audio (entre canais), assim como a normalização do nivel de volume (nível sonoro do sinal), que pode passar por compressão, determinação da intensidade relativa dos instrumentos entre os canais, e determinação da largura e profundidade do sulco em função da duração total da obra a gravar no disco, uma vez que quanto maior o volume da gravação mais largura ocupará o sulco e portanto menor será a duração máxima possível do que se poderá gravar no disco em causa.
Nesta fase, conhecida como "cortar a matriz" (também se pode cortar um dubplate se o objectivo final não é prensar outros discos) transfere-se o conteúdo da fita dita master para a matriz de acetato também conhecida como lacquer master. É um disco geralmente feito de alumínio polido recoberto com um banho depositado por gravidade de laca nitrocelulosica (acetato de nitrocelulose) negra, ou (dependendo do fabricante) com tons 
azul ou avermelhados, e com uma espessura entre 0,6 e 1 mm. 

 

O equipamento usado para o corte da matriz de acetato é conhecido como 
"torno vertical de gravação fonográfica", o qual contém uma cabça de corte que grava (corta e modula o corte) o sulco, transferindo a música contida na fita master para o matriz de acetato, passando entretanto por um processador que lhe aplica uma equalização especial chamada curva RIAA para gravação, o qual adapta o sinal registado às características físicas de um disco de vinil. As entradas "phono" de um amplificador ou mesa de mistura diferenciam-se de qualquer outra entrada do mesmo equipamento (para CD, por exemplo) por incorporarem uma equalização inversora da curva RIAA de gravação, e chamada curva RIAA de reprodução. A necessidade deste processo de equalização deve-se às caracteristicas mecânicas do processo de gravação e reprodução, e às suas inerentes limitações e características.
Uma vez gravada a matriz de acetato ou master, esta é lavada com detergentes e coberta com cloreto de estanho, o qual permite a aderência de uma delgada capa de prata que é então aplicada.
O disco já prateado é submerso numa solução de níquel, que adere ao disco e o cobre por completo, por processo galvânicos (aplicação de uma corrente elétrica). Este disco, assim preparado, é então retirado e novamente lavado. A este processo chama-se banho galvânico ou galvanoplastia.
A capa de prata e níquel é então retirada da matriz de acetato, obtendo-se portanto uma cópia negativa da mesmo, chamada simplesmente matriz, "macho" ou disco pai.
Do disco matriz, é obtida uma cópia positiva, chamada disco mãe. Se este disco contém a informação correta o processo é repetido até se obterem mais oito discos "mãe". De cada uma das 8 cópias do "disco mãe" fazem-se duas cópias negativas, chamadas discos estampadores ou "carimbos". Este processo é repetido com o outro disco pai que representa o outro lado do disco final.

A partir do "disco estampador" (ou "carimbo") tiram-se as cópias positivas finais ou copias comerciais, por simples prensagem de uma pastilha quente de cloreto de polivinilo ou mais modernamente de poliester, chamado o "donut", entre os dois carimbos, moldes estampadores ou matrizes correspondentes às duas faces do disco. Finalmente adiciona-se, por simples colagem, a etiqueta em cada face do disco, identificando o seu conteúdo. Esta cópia final é a que é vendida ao público. Actualmente as tiragens de discos de vinil com cada matriz de acetato não ultrapassam em geral a centena de unidades, quando na sua época se atingiam tiragens de muitos milhares.
Existe ainda uma técnica denominada "direct metal mastering" (masterização direta em metal) ou DMM na qual a música é transferida directamente para um disco metálico relativamente pouco duro, em geral de cobre. Por este processo, apenas é necessário seguir o processo galvânico para obter os estampadores, diminuindo os custos de produção. Também existem discos em que o processo de corte é efectuado a uma velocidade mais baixa que a de reprodução, normalmente metade ou um quarto, sendo o disco resultante de qualidade notavelmente melhor em toda a banda de frequências audível pelo ouvido humano. Este mesmo processo permitiu também gravar vídeo em discos de vinil, ou audio multicanal, como foi o caso dos formatos cd4, SQ, QS (ou outros sistemas de 4 canais).                                           Fonte WIKI



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